29/06/2012

O homem que imagina ser completamente bom é um idiota



SE A CONSCIÊNCIA NOS TORNA HUMANOS, a imperfeição também é um traço distintivo de nossa espécie. Passamos mais tempo reparando erros do que construindo coisas de valor.
Assumir essa característica da nossa condição nos ajuda a ser humildes e, o que é mais importante, nos faz tomar consciência de quanto ainda precisamos nos aprimorar. 
Todo fracasso ou erro nos ensina como fazer melhor.

As pessoas mais inflexíveis e perfeccionistas sofrem as consequências de seus atos imperfeitos. 
Se algo dá errado, costumam colocar a culpa nos outros e ficam descontrolada quando alguém mostra qualquer falha que possam ter cometido.

Nietzsche nos dá o seguinte conselho: é inútil querermos ser bons o tempo todo e fazer tudo certo – o que importa é estarmos dispostos a fazer um pouco melhor hoje do que fi zemos ontem.

A palavra japonesa wabi-sabi define a arte da imperfeição: no que é incompleto, irregular e antigo existem vida e beleza, pois aí está contido o desejo que a natureza tem de aprimorar a si mesma.

Trecho de Nietzsche para Estressados, de Allan Percy

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