(...) Dr. Bert Keizer pratica eutanásia, quando um paciente terminal lhe pede. Ou seja: ajuda o paciente a morrer. O debate jamais terminará: um médico – o profissional encarregado de zelar a todo custo pela vida – deve ou não apressar a morte de um paciente? Deve, sim, se médico e paciente estiverem na Holanda.
Keizer faz um cálculo aproximado: já deve ter tratado de cerca de 1.500 pacientes terminais. Destes, 25 optaram pela eutanásia. Pediram – e receberam – ajuda do médico para que morressem logo.
A bem da verdade, é injusto chamar Keizer de “Doutor Morte”. O médico-filósofo pratica, sim, eutanásia, a pedido de pacientes, mas é incapaz de pronunciar uma palavra de simpatia à morte. Prefere, sempre, oferecer consolação e alívio a quem vê o apagão final se aproximar.
(...)
do livro “Dançando com A Morte”, de Bert Keizer
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